Minha cachorra teve apenas 1 cio há quase três meses. Percebi que as tetinhas estavam inchadas. Como tive que levá-la a veterinária para tratar do seu ouvido, perguntei a médica e ela me disse que a pequena está com gravidez psicológica. Já tinha ouvido falar disso, mas gostaria de saber mais a respeito de gravidez psicológica em cadelas O que ocorre com elas, quais são as causas e quais as conseqüências? Quanto tempo vai durar?
A gravidez psicológica em cadelas é muito mais comum do que nós pensamos. Normalmente ocorre em cadelas que nunca cruzaram e que já passaram por mais de um cio.
As causas biológicas estão relacionadas com um hormônio que precede o cio, chamado progesterona. Sua produção se estende por dois meses nas cadelas que não foram fecundadas e, para as que tiveram filhotes, por mais dois meses após o parto. As causas sociais/psicológicas seriam um resquício do comportamento primitivo, da época em que os cães viviam de forma selvagem como os lobos e visava ajudar na alimentação e proteção dos filhotes.
Acontece que entre os lobos, normalmente, só a fêmea líder irá ser fecundada pelo macho líder. Isso garante não só que irão nascer os filhotes com maiores chances genéticas de superioridade, como também que o grupo será capaz de garantir a sobrevivência de um número limitado de filhotes. Como geralmente a fêmea líder é uma melhor caçadora que as fêmeas mais submissas, ela provavelmente precisará sair da companhia dos filhotes para caçar.
É justamente aí que entra a sabedoria da Mãe Natureza e a utilidade da gravidez falsa. Para garantir que os filhotes serão alimentados e protegidos, as fêmeas submissas e não fecundadas têm a gravidez falsa e passam a alimentar e a tomar conta dos filhotes quando a mãe deles não está presente.
É justamente aí que entra a sabedoria da Mãe Natureza e a utilidade da gravidez falsa. Para garantir que os filhotes serão alimentados e protegidos, as fêmeas submissas e não fecundadas têm a gravidez falsa e passam a alimentar e a tomar conta dos filhotes quando a mãe deles não está presente.
Nas nossas amiguinhas peludas, os sintomas são iguais aos da verdadeira gravidez e incluem falta de apetite e vontade de brincar ou ficar perto de humanos, posse e proteção exagerada de objetos como sapatos, camisetas, pedaços de pano, almofadas ou bichinhos de pelúcia. Elas podem inclusive apresentar comportamento agressivo e por incrível que pareça a agressão por proteção maternal é mais comum em fêmeas que não possuem filhotes do que nas que acabaram de parir. Felizmente estes sintomas são passageiros (duram em média 2 meses) e o jeito é ter paciência e deixar a bichinha curtir os “nenês” dela. Se você não está pensando em deixar ela cruzar nunca, converse com a sua veterinária as vantagens e desvantagens de uma histerectomia (retirada do útero), que além de evitar que ela tenha este problema, também elimina os riscos de câncer de útero e de mama.